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Alterações orgânicas durante a gravidez

A grávida muitas vezes sofre com a falta de informações sobre sintomas que aparecem durante a gravidez. Será que o que estou sentindo é normal? Será que estou com algum problema? É necessário que o casal e a família conheçam estas alterações simples que acontecem com muita freqüência, e não apresentam nenhuma ameaça para o bebê e para a gestante.

A gestação produz uma série de alterações no organismo materno que levam ao crescimento do volume abdominal. São alterações hormonais e enzimáticas.

Os sintomas que a paciente se queixa são muitos e variados. A fadiga e o sono excessivo são comuns, e podem, repentinamente, causar exaustão à elas. A insônia torna-se mais freqüente perto do término da gestação, quando o mal-estar físico, causado pelo aumento do útero, dificulta o sono da futura mamãe. Náuseas e vômitos, no princípio da gravidez, são relativamente comuns, e a salivação excessiva está freqüentemente associada a esses sintomas que, apesar de desagradáveis, traduzem indiretamente a quantidade de hormônio fabricado na gestação. Sabe-se que as mulheres que sentem muito enjôo e vomitam, dificilmente sofrerão aborto. Assim sendo, esses acontecimentos não são tão ruins, pois têm um significado positivo para a gestação.

A constipação também é comum, podendo agravar as hemorróidas. A azia é às vezes verificada, e pode ser difícil de ser avaliada (não significa obrigatóriamente que o bebê seja “cabeludo” – dito popular). Vários outros tipos de mal-estar podem surgir, como dor nas costas e na região inguinal (virilha), além de uma variedade de dores abdominais e vaginais agudas, intermitentes e lancinantes. Pode acontecer, também, com relativa freqüência queixas de cãimbras nas pernas e nas panturrilhas (barriga da perna), principalmente à noite (coma banana – porque ela contêm potássio, que ajuda a prevenir).

O aumento da freqüência urinária, tanto de dia como à noite (noctúria), é comum. Ocorre também, com freqüência, principalmente nos primeiros meses, uma maior sensibilidade olfativa, e com isso, a gestante passa a sentir, intensamente, cheiros que antes da gravidez não a impressionavam. Rejeição a perfume e ao “cheiro” do marido é muito comum, mas, felizmente, depois passa. Todos esses sintomas realmente não são condições patológicas sérias, e parte delas pode ser tratada de maneira conservadora e sintomaticamente, como veremos mais adiante.

Atenção
Sangramento vaginal, dor de cabeça forte, vômitos muito contínuos, dor abdominal aguda, calafrios ou febres, dor à micção, perda de líquido pela vagina são sinais e sintomas que devem ser comunicados ao médico.

Nas próximas páginas serão discutidas, mais detalhadamente, as principais modificações causadas pela gravidez, seus respectivos sintomas e a orientação adequada para contornar, quando possível, as sensações desagradáveis que produzem.