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As últimas semanas de gestação

Preparação para o parto

Este é o período em que se deve tirar as últimas dúvidas, e resolver as últimas pendências, como a maternidade, os tipos de parto, a anestesia, e outras.

Para a gestante talvez seja “o pior” período. O abdômen já alcança sua dimensão máxima, tornando os movimentos difíceis e desconfortáveis. O sono fica perturbado pela dificuldade em se achar uma posição cômoda. Dores nas pernas, nas costelas e falta de ar são muito comuns.

É nessa época que muitas grávidas começam a ficar impacientes, chegando a ponto de pedir para “marcar a cesárea”. Essas palavras geralmente refletem a angústia da paciente e não o seu desejo real. Desses sintomas surgiu a frase irônica : “A gravidez dura 8 meses e uma eternidade”, que reflete muito bem a dificuldade desse período. As dores no baixo ventre se iniciam para o preparo do útero. Para que ocorra dilatação no momento do trabalho de parto, o colo uterino que, durante a gestação tem uma espessura média de 4 cm e é fechado, tem que se tornar mais fino (esvaecimento). É impossível, ou muito difícil, uma dilatação quando o colo está ainda grosso, principalmente nas parturientes que ainda vão ter o primeiro filho. É nessas quatro semanas, aproximadamente, que antecedem o parto, que ocorrem essas modificações, e à custa dessas dores. Às vezes, até alguma dilatação já pode ser observada.

Assim, as dores que surgem no baixo ventre (hipogástrio), e a sensação de “estar abrindo embaixo” são normais; muitas vezes a gestante percebe que “a barriga desce” – isso corresponde à insinuação do pólo cefálico (cabeça) do bebê na pelve.

Por isso, é importante que, no fim da gestação, a paciente visite freqüentemente o médico (uma vez por semana). Nesse período, é que aparecem as intercorrências mais importantes, que, quando detectadas precocemente, podem ser contornadas evitando-se complicações graves. Os exames para avaliação do bem-estar do bebê são úteis (Monitoragem Fetal, Doppler e Perfil Biofísico). Através das modificações observadas, podem ser feitas algumas previsões quanto ao momento do parto.

Nessas consultas, as últimas dúvidas vão sendo explicadas para que a gestante sinta-se segura e entenda, como normais, todos os sintomas desse período. O fato de saber que essas alterações são esperadas, já deixa a paciente mais tranqüila, pois a dúvida leva à angústia e à depressão, o que não é benéfico para o trabalho de parto. À medida que o trabalho de parto progride, o colo do útero já esvaecido fica dilatado, permitindo ao bebê que passe pelo canal de nascimento.