Tabela original da Reproductive Potential in the Older Woman De P.R. Gindoff e R. Jewelewicz. Fertility and Sterility. 46:989, 1986. Reproduzida com permissão do Editor.
O aborto
O aborto espontâneo pode ocorrer até a 20ª semana de gestação (4 meses e meio), mas é muito mais freqüente nos primeiros 3 meses. É muito frustrante para um casal eufórico em face de um início de gestação e, conseqüentemente de uma nova perspectiva diante da vida, de repente, ver interrompida essa felicidade.
O aborto espontâneo é uma fatalidade relativamente comum que acomete de 20 a 25% das gestações laboratorialmente confirmadas, isto é, a cada cinco mulheres grávidas que chegam a um consultório, uma deve abortar. Se considerarmos as gestações iniciais, logo após a fecundação, muitas são abortadas antes mesmo do atraso menstrual.
O principal motivo para isso (70%), são as malformações. Sob esse prisma, podemos considerar o aborto um reflexo da natureza que, ao reconhecer um bebê não-saudável, incumbe-se de evitar o seu desenvolvimento, e impede que essa mulher chegue ao final da gestação e dê à luz um bebê com problemas de saúde.
A falha desse processo, isto é, o não reconhecimento desses embriões com anomalias, leva à ocorrência de recém-nascidos com problemas. Recomenda-se, à princípio, repouso e medicação adequada até que se confirme a inviabilidade dessa gestação, pois 70% das causas de aborto são devidas a malformações.
Se houver anomalias físicas ou genéticas, mesmo com as medidas preventivas adotadas, não poderão impedir a eliminação desse feto, e o aborto ocorrerá espontaneamente.
As outras causas, quando identificadas e tratadas, permitem a continuidade da gravidez até o fim.
O fato de uma paciente abortar numa gestação, não significa que em outras o aborto se repetirá, nem que terá filhos com problemas.