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Amamentação

A mãe que amamenta o filho forma com ele um vínculo tão forte que, só de vê-lo, sente o leite descer e até vazar de seus seios. Isso pode acontecer desde a primeira mamada.

O contato físico é de extrema importância quando mãe e filho se adaptam à nova situação. O bebê sabe onde encontrar seu alimento, mas tem que se ajeitar com o bico, com a maneira lenta ou rápida com que o leite flui, com o modo como a mãe o segura. A mãe, instintivamente, sabe como alimentá-lo, como lhe dar carinho e amor.

A hora do aleitamento é um momento íntimo em que as emoções da mãe passam para seu filho e vice-versa. A mãe tensa ou nervosa poderá encontrar alguma dificuldade no início, ao passo que a mulher descontraída sente um raro prazer em amamentar seu bebê, ficando tranqüila e realizada quando ele suga de modo consistente.

Emocionalmente, mãe e filho têm extrema necessidade do contato físico proporcionado pela hora da mamada. Todo bebê tem a boca muito sensível, e goza a proximidade do bico do seio, de onde retira seu alimento. A mãe com as mamas repletas sente alívio e satisfação quando seu filho as esvazia. É nesse sentido de paz que ela sente o amor de seu bebê. Mesmo bastante novinho, ele demonstra, com sua avidez e satisfação, quanto a mãe lhe é necessária. À medida que o filho cresce, esse amor ainda se torna mais evidente, porque, ao mamar, o bebê coloca a mãozinha no seio da mãe e a olha com ternura.

É na hora de mamar que a criança sente o calor da mãe, sua pulsação, a proximidade querida que lhe dá segurança e tranqüilidade. Quando mãe e filho formam uma boa dupla de amamentação, essa experiência é valiosíssima, pois confere, à mãe, maturidade emocional. Ela se dá inteiramente ao filho, segue um ritmo, compreende suas necessidades.

A partir daí, a mulher se torna espontânea, e o aleitamento passa a ser um ato tão natural que ela pode, inclusive, ler, comer ou conver sa r no telefone enquanto amamenta. É o momento em que mulher e filho formam um só todo, e o bebê sente a continuação da proteção e do calor que gozava no útero materno. A amamentação é uma atividade que deixa a mulher ainda mais feminina e, sendo mais mulher, seu relacionamento com o marido e os outros filhos se torna ainda melhor.

Dicas para uma boa amamentação

  • Introduza na boca do bebê, o bico e a aréola, de tal maneira que o bico se posicione no céu da boca, tomando cuidado para que o nariz não seja tampado impedindo a respiração do bebê.
  • Ofereça os dois seios, começando sempre pelo mais cheio, ou pelo último da mamada anterior. Tempo de 10 minutos em cada seio é suficiente.
  • Se o seio estiver muito cheio, o bebê pode ter dificuldade de pegar. Neste caso é bom extrair um pouco de leite antes de dar o peito: pressione primeiro a aréola e depois faça massagem de cima para baixo. Caso persista a dificuldade em esvaziá-lo, faça massagem no banho morno de chuveiro.
  • Se você precisar interromper a mamada, coloque seu dedo mínimo no canto da boca do bebê e pressione levemente; assim ele larga o bico.
  • Não use bombinhas de borracha para extrair o leite.

Dificuldades da amamentação

  • Tenha paciência e seja firme! As dificuldades e o possível fracasso serão maiores quanto menor for a preparação e conscientização da futura mãe no período pré-natal. O médico que acompanhar a gestante deverá assumir todo o processo para o futuro sucesso da amamentação.

Algumas vezes pode-se deparar com algumas dificuldades:

Bico dolorido – o que fazer:

  • Colocar a criança primeiramente no seio menos dolorido, evitando a primeira sucção forte do bebê faminto, quando, muitas vezes, o leite ainda não está descendo. Se ambos estão doloridos, esprema o bico até que o leite venha, colocando em seguida o bebê no peito.
  • Faça com que o bebê pegue corretamente, abocanhando a aréola (área escura) e não o bico.
  • Procure impedir que o bebê mastigue o bico ou fique sugando sem engolir, pois podem causar cólicas. Nessas situações, pode-se oferecer uma chupeta.
  • Após a mamada, espere secar os bicos com o próprio leite antes de se vestir. Deixe uma camada de ar entre o bico e o sutiã; podese usar um pequeno coador de chá protegendo o bico. O uso de protetores próprios para este fim podem ser indicados.
  • O bico rachado pode sangrar; você pode ver sangue na boca do bebê e ele pode até vomitar sangue. Não se assuste, não há perigo nenhum.

Seio “empedrado”

O leite se acumula formando “caroços” duros e dolorosos. O que fazer:

  • Ofereça o seio que estiver mais “empedrado” e deixe o bebê sugar bastante. Após a mamada, se necessário, faça massagem manual espremendo firmemente o local.

Mastite (inflamação do seio)

O seio fica vermelho, dolorido e a mãe sente-se doente, com dores no corpo , febre e calafrios. O que fazer:

  • Faça contato com o seu médico;
  • Faça compressa fria úmida por 10 a 15´ após as mamadas. Compressa quente dependendo da situação em caso de estimular a vasodilatação para melhorar a drenagem do leite e em seguida faça a compressa fria úmida após a mamada ou ordenha.

“Doutor, o leite está secando”

  • Mamadas curtas, porém freqüentes, quanto mais o bebê suga mais leite é produzido.
  • Procure repousar, procure ambiente calmo, beba água, eventualmente um copo de cerveja preta doce, e amamente de novo.
  • Nunca dê mamadeira para “ajudar”.
  • Sempre que tiver dificuldades procure orientação do seu médico. Não aceite conselhos de leigos bem intencionados, mas mal orientados.