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O pai grávido

A mulher grávida é sempre o centro das atenções. Onde quer que ela vá, sempre desperta comentários dos outros, que ora arriscam adivinhar o sexo do bebê, ora comentam que a barriga está baixa, pontuda, e assim por diante. Durante todo o período de gestação, o marido aparece como um simples coadjuvante, e passa a ser negligenciado. Embora a grávida mereça toda a atenção e dedicação do marido e, principalmente, a compreensão das suas necessidades afetivas e psicológicas (mimos), o marido, da mesma forma, também merece atenção especial, embora em nível bem inferior. A compreensão, pela mulher grávida, das angústias que afligem seu companheiro, bem como a consciência de que ele entende todas as mudanças que estão ocorrendo, poderão melhorar ainda mais o relacionamento do casal, tornando a gestação, o parto e o pós-parto muito mais agradáveis.

As angústias mais comuns dos maridos são:

  • Sentimento de abandono.
  • Receio de sexo.
  • Preocupação com a saúde da mulher.
  • Preocupação com a saúde do bebê.
  • Preocupações com as mudanças futuras da vida do casal com a vinda do bebê.
  • Aparência de sua mulher.
  • Exclusão.

De todas as alterações relatadas, a mais interessante e que chama mais a atenção, é a Síndrome da Incubação ou Síndrome de Couvade (nome francês). Esta síndrome ocorre devido à integração exagerada e incontrolada do homem na gestação, ele passa a ter sintomas que simulam uma gestação: náuseas, vômitos, dores abdominais, alterações do apetite, ganho de peso, desejos alimentares, constipação, cãimbras, tontura, fadiga e oscilações de humor. Embora a razão para isto não seja conhecida, algumas teorias tentam explicá-la: ciúmes, medo de ser abandonado, necessidade de atenção, estresse causado pela convivência com uma mulher irritadiça e a iminência do aumento da família. Esta síndrome só deve ser valorizada depois de afastadas as razões orgânicas para estes sintomas. O tratamento baseia-se na identificação do problema que estimulou o seu surgimento destes sintomas e em um reforço psicológico para o causador. Isto é: se for ciúme do bebê, uma maior compreensão sobre a gestação, com relação a estas alterações poderá resolver o problema; se for preocupação em cuidar do nenê, um curso especializado o deixará mais tranqüilo, e assim por diante.